Supernatural RPG
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Diga sim ao Amor!!!

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Mensagem por Rosa H. Baltmor 14/11/2010, 19:03

Introdução –

Inglaterra 1815

O dilema de um homem.

Rosa Dunn prefere estudar livros sobre o Antigo Egito a namorar e encontrar um marido. Mas segundo o testamento de seu pai, ela só receberá a herança quando se casar. O pai de Rosa não determinou quem deveria ser o noivo, embora tenha deixado claro sua preferência por Dark-Angel que por sua vez, está empenhado em cumprir o desejo do saudoso sir Dunn . Para escapar do indesejável pretendente, Rosa planeja uma viagem secreta ao norte da inglaterra, e escolhe como acompanhante o irresistivel Cap Sammuel.

Sammuel sabe que zelar pela segurança de uma jovem solteira pode ser mais complicado que parece. Rosa é bonita e encantadora demais para sua paz de espírito, e logo ele se sente cativado. Mas o capitão está ali para proteger Rosa, não para seduzi-la.Isto é, só até alcançarem o destino final...
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Mensagem por Rosa H. Baltmor 1/12/2010, 22:58

Capitulo 1 –

Procura-se cavalheiro sem vínculos, com vontade própria e capacidade de decisão, para compromisso de viagem e possível continuidade em tarefa de natureza delicada. Paciência e disposição necessárias. Pedem-se referencias. Salário Generoso.

Reagindo ao anuncio do jornal, o capitão Sammuel bateu na porta da agencia. Uma senhora sisuda apareceu, estudou-o e convidou-o a entrar e foi sentar-se atrás de uma mesa.
- Sou a Senhora Natalie. Em que posso ajudá-lo, senhor...
- Capitão Sammuel. Vim a respeito do anuncio.
- Compreendo.
Com certeza, ela iria escrutinar-lhe a vida, o que era natural nesse tipo de entrevista. Sammuel buscava escapar ao tédio. Um acidente no banco de batalha o obrigara a retornar à Inglaterra havia um ano e sentia falta do ar puro do campo, de mover-se em liberdade.
Tentou não mancar em frente à mulher. Seu destino mudara quando a carroça de munição passou sobre o seu pé, obrigando-o a retornar antes de o general Wellington vencer a gloriosa batalha de Waterloo contra Napoleão.
- Há vários candidatos, mas nós ainda não decidimos. – A mobília pesada e escura criava uma atmosfera carregada. Cortinas de veludo abafavam os sons de Londres lá fora. – Eu represento uma amiga, a quem prometi encontrar o homem certo para o posto.
Sammuel não necessitava de trabalho, mas o assunto o intrigara.
- Posso indagar algo?
- Normalmente, Sou eu quem faz as perguntas, mas se deseja saber alguma coisa...
- O que significa a “tarefa de natureza delicada” do anuncio?
- Não me cabe explicar. Se for o escolhido, a empregadora elucidará a questão.
- Compreendo.
- Agora queira fazer a gentileza de falar a respeito do senhor.
Sammuel contou sobre a carreira militar de sucesso até o acidente e como procurava algo novo para seguir adiante.
-viajar me atrai. Tenho a iniciativa e responsabilidade, Sou forte e posso proteger alguém que necessite de guarda. Sou hábil com armas, e estratégia é o meu forte.
- Não questiono sua força, e creio que sejas disciplinado e vigoroso, talvez não tato quanto antes do acidente. Mas não posso culpá-lo por isso. Tem referencias?
- Meu pai é o visconde Winchester, e posso mencionar oficiais para indicação.
-Por Que o filho de um visconde se intereçaria nesse trabalho?
- Porque desejo viajar, recomeçar a vida civil sem estar preso à cidade.
- vejo que possui um passado militar impecável, mas a minha amiga terá que decidir sobre a sua dificuldade capitão. – A sra Natalie fitou-lhe o pé. – E o que pode representar para sua missão.
- Missão? – Sammuel ficou intrigado.
- Obrigado capitão Sammuel. – Sem mais comentários, a sra Natalie acompanhou-o a porta.
A mulher não o questionara tanto quanto ele imaginara que iria, Sam pensou quando o ar frio de Londres o atingiu o rosto. A cidade seguia o ritmo usual, muitos passantes pelas ruas de pedras, carruagens, carroças, cavalos. Cavalheiros encascados e damas elegantes com chapéus finos misturavam-se a vendedores de cerveja, leites, e outras mercadorias. Camareiras agrupadas nas esquinas trocavam novidades sobre as casas onde trabalhavam. Rapazes vendiam os jornais do dia. Envolta pela névoa matinal, Londres proporcionava uma sensação de ordenada confusão. Seria tão bom se ele fosse o escolhido! Iniciaria a primavera no campo, longe de tanto movimento.

X-X-X

Para a sua satisfação, alguns dias depois Sam recebeu o convite para retornar à agencia e encontrar a empregadora. Possivelmente, confirmaria o trabalho.
Era uma mulher pequena e resoluta, vestida em Azul-Escuro e com um xale de desenhos discretos.Cabelos loiros e cacheados emolduravam seu rosto. Fitou o capitão com os olhos azuis e sérios. Exalava personalidade forte e capacidade de decisão. Ao sorrir, uma expressão doce iluminou-lhe a face, e Sam a considerou atraente.
- Bom dia capitão Sammuel. –a senhorita estendeu-lhe a mão, e seu tom caloroso lhe agradou.
- Bom dia. – respondeu Sam com o mesmo gesto, sem evitar um leve pesar quando suas mãos se separaram.
- Esta é a senhorita Dunn. – a senhorita Natalie fez a apresentação. – ela deseja fazer algumas perguntas. – Convidou-os a se sentarem em torno de sua mesa.
A Srta. Dunn observou-o de forma direta, e Sam sustentou o olhar. Também ele queria saber mais sobre aquela mulher intressante.
-as informações que a sra. Natalie forneceu a respeito são boas. O assunto a ser discutido é confidencial e deve permanecer entre nós.
- Pode confiar e em mim.
- Muito bem. Passei quinze anos no Egito com meu pai, Sr. Walter Dunn, que estudava a antiga civilização. – A Srta. Dunn começou a explicar. – Tenho poucas lembranças da infância na Inglaterra. Minha mãe faleceu jovem, e eu acompanhei meu pai desde criança nas expedições, o que de acordo com a sra. Natalie, não é apropriado para uma dama inglesa. Admiro o trabalho dele e pretendo continuar tanto quanto possível.Necessito de um homem vigoroso pra me acompanhar numa viagem a Cumberland, no norte da Inglaterra, para entregar documentos a um tio também estudioso. Se os documentos forem roubados ou danificados, a obra do meu pai se perderá. São valiosos e podem ajudar a rever a história da civilização egípcia. Minha intenção é concluir a missão de meu pai.
- Trata-se de uma nobre causa. – afirmou Sammuel Winchester.
- Fui informada de que sabes atirar bem. – a Srta Dunn sorriu e um sentimento caloroso invadiu-o.
- Protegerei tais documentos com a minha vida. Seu pai trabalhou em algo importante e será uma honra ajuda-la a continuar a obra.
-minha camareira, Jô, tomará conta da caixa com os documentos durante o dia, e o senhor será responsável durante a noite.
- suponho que muitos se candidataram ao cargo.
- Sim, mas as suas credenciais são excelentes Capitão, me sentirei protegida em sua companhia.
Aquelas palavras pareciam redimi-lo da impossibilidade de seguir a carreira militar. Seu coração encheu-se de calor. Mas ainda havia algo.
- Tenho uma questão Srta Dunn. O anuncio refere-se a uma tarefa de natureza delicada.
- Conversaremos a respeito disso no momento certo. – Rosa Dunn se levantou e estendeu a mão.
- Como preferir – o capitão Sam se inclinou e beijou os dedos delicados. A Srta Dunn ruborizou, desconcertada, e a sra Natalie passou a ele um pedaço de papel.
- Capitão, ai está o endereço da minha residência, de onde partiremos. Será recompensado generosamente e a nossa missão deverá durar entre duas ou três semanas, dependendo das condições do tempo. Em seguida voltaremos a Londres.
- Se me permite perguntar... Quando retornou do Egito senhorita?
- Há dois meses. Meu pai faleceu faz um ano, e eu precisei encerrar tudo por lá. Não foi fácil me ajustar à sociedade inglesa; Os costumes egípcios são diferentes e me consideram exótica por aqui. Por vezes não sou bem recebida, mas a opinião alheia não me importa.
- A senhorita é uma mulher corajosa.
- O céu cinzento da Inglaterra também não me agrada.
- Algo que o verão em breve deverá aliviar.
Julgando aquela conversa desnecessária, a senhora Natalie conduziu-os até a porta. Sam inclinou-se outra vez, Excitado por ter conhecido a Srta Dunn e animado com a viagem.
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Mensagem por Rosa H. Baltmor 2/12/2010, 15:05

Rosa Dunn o observou partir. As costas eretas, elegante, os marcantes olhos castanhos e os traços másculos produziram-lhe profunda impressão. Mas notava dor e desapontamento pelo acidente.
- surpreende-me que tenha escolhido o capitão Sammuel – comentou a senhora Natalie.
- Porque? É qualificado para a missão.
- Sim mas necessita mover-se com rapidez para poder defende-la.
- Ora, não seremos vitmas de ciladas. Eu também sei lidar com armas, meu pai me ensinou a proteger-me.
- não é tarefa para mulheres. – a senhora cruzou os braços contrafeita.
- Não pretendo usar armas, mas farei o necessário. – Rosa calçou as luvas, e a camareira ajudou com a capa.
- sua mãe não gostaria de ouvi-la falando assim, pois era uma mulher suave e delicada.
- puxei a família do meu pai. Minhas tias sempre foram resolutas e firmes emsuas convicções. Tia Alicia o acompanhou até a morte. Jamais se casou.
- Não é de admirar.
- Obrigada pela ajuda. – Rosa beijou a amiga na face – Não se preocupe.
- Creio que escolheu o capitão por ser atraente.
- Ora! – Rosa riu alto – Não há nada de mal nisso. Aprecio estar rodeada pela beleza.

X-X-X

Ela seguiu pensando no capitão. Nunca se interessara por alguém, e os ingleses que conhecera no Egito não a impressionaram. Jô a camareira, arrumava a bagagem. Muitos vestidos, chapéus e sapatos espalhados pelo quarto, apesar da instrução de levar só o essencial.
- Nunca se sabe que ocasiões se apresentarão e deve estar bem vestida – comentou a camareira. – Pode deixar que eu preparo tudo.
- Roupas não são importantes pra mim.
Jô arregalou os olhos com o sacrilégio do comentário. Suspirando, Rosa foi certificar-se de que o material do pai estava armazenado em uma sólida caixa de madeira. Releu outra vez a carta que ele lhe deixara, e que sempre lhe trazia lágrimas nos olhos.

...Seria doloroso vê-la só e abandonada. Peço-lhe que despose meu amigo Dark-Angel. Não tem humor, mas zelará por você. Vai lhe prover casa e família, pois a mãe vive com ele. E será capaz de administrar a fortuna que lhe deixo. Na verdade, para tomar posse da herança, terá que se casar, e eu escolhi o cavalheiro Dark pra você. Se tiveres que ler essa mensagem, é porque já me fui. Mas meu espírito estará presente em suas bodas.

Rosa guardou a carta e recordou o encontro com dark ao voltar à Inglaterra. Jamais compreendera porque ele não continuara as pesquisas do senhor Walter, mas teria de dar-lhe uma chance por respeito ao pai.
Dark já a tratava como sua futura esposa, coisa que Rosa odiava.
- Não sou dado a romantismo, e penso não valer a pena comprar flores, pois duram poucos dias. Minha mãe cuidará da senhorita em Londres. Quero que saiba que não aprecio suas visitas a museus acompanhada apenas pela camareira. Depois que nos casar-mos, viverá na nossa casa de campo.
Rosa sentia aversão por aquele homem arrogante, apesar de compreender que ele ajudara seu pai. Desejava manter-se fiel ao desejo patero, mas casar-se com dark estava fora de questão.
- Compreendo sua preocupação, mas eu sei cuidar de mim. Auxiliei meu pai no Egito e sei lidar com situações que amedrontariam outras mulheres.
- Mas segue sedo mulher e necessita de proteção.
- Como pode fazer tal comentário? – ela replicara irada – Sabe do que mais? Não o desposaria nem que fosse o ultimo homem na face da terra!
Dark partira sem dizer nada, esperando que Rosa mudasse de idéia em alguns dias. Ela batera a porta com estrondo atrás dele.
Algo a preocupava. Será que o pai condicionara o recebimento da herança com o casamento com dark?
Svan, o Advogado da família, fornecera uma cópia do testamento, e Rosa o relera, Aliviava por confirmar que não mencionava dark.
-Pai, eu sempre respeitei seus concelhos, mas seguirei meu coração. – se outros pretendentes forem como dark, permanecerei solteira.
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Mensagem por Rosa H. Baltmor 4/12/2010, 00:23

X-X-X

Os empregados arrumavam a bagagem na carruagem quando o capitão Sammuel chegou.Linda e iluminada pelo sol da manhã, Rosa Dunn , na porta de casa, sorriu ao vê-lo.
- bom dia senhorita. – Sam saltou do cavalo e a cumprimentou, enquanto um empregado cuidava do seu animal.
- é pontual capitão, o que lhe dá crédito. Estamos quase prontos para partir. Hospedarias e trocas de cavalo foram ajeitadas ao longo do caminho. – Em seguida , Rosa dirigiu-se a camareira – Jô, já trouxe a caixinha com o material do meu pai?
- Sim senhorita – A camareira fitava Sammuel com um olhar hostil.
-Tem bagagem para a carruagem? – Rosa perguntou a Sam.
- não. Trago meus pertences amarrados à cela do meu cavalo e na minha mochila.
- tenho uma companheira de viagem e Gregory, nosso condutor , é excelente.
- Talvez meus serviços acabem por se revelar supérfulos – Sam sorriu.
- Eu não o empregaria se não fosse necessário.
- Sem duvida senhorita.
Uma mulher mais velha, baixa e compacta.
- Apresento-lhe a Srta Jennyfer Dunn, minha tia. Irá me acompanhar até Cumberland e depois seguirá por um passeio pelas montanhas, como faz todos os anos.
- Prazer em conhece-la Srta Dunn.
- Me chame de jenny, ou ficaremos confusas com duas Srtas Dunn. – Ela sorriu – Não sou feita de formalidades.
Um cavalheiro apareceu de repente, acompanhado de uma senhora Alta e Idosa.Rosa imediatamente endureceu o olhar.
- Srta Dunn, vejo que leva adiante seu plano de viajar somente acompanhada de serviçais. – comentou o recém chegado.
- Tia Dunn me acompanha. E não vejo que relevância possa isso ter ao senhor.
- Como minha futura esposa, asseguro-lhe que...
- Sr. Dark, não tornarei a dizer o que já disse – Rosa o interrompeu. – E tenho toda a proteção de que necessito nessa viagem.
Dark estava desconcertado.
-Quem é esse senhor? – Indagou Sam.
- é alguém arrogante que quer controlar minha vida. Ajudou meu pai nas pesquisas e agora só faz incomodar-me.
O capitão Sammuel pressentiu dificuldades. Dark deu-lhe as costas e, acompanhado da mãe, partiu contrafeito. A velha senhora ainda virou-se para trás de deu-lhes um olhar venenoso.
- Vamos partir. – Anunciou Rosa, e os empregados enfileiraram-se para a despedida. Alguém lhe passou a capa e a fina mochila de couro com objetos pessoais. – Obrigada Lawrence. – Ela sorriu.
O colcheiro soltou as rédeas, Sam montou o cavalo e partiram. Sentia-se feliz indo para os campos. Essa missão seria bem mais leve que as outras na frança e na Espanha.

X-X-X


Progrediram rapidamente e em breve paravam na hospedaria Gavião – Real para almoçar. Greg deixou-os de frente para a porta principal e foi estacionar a carruagem. Antes de descerem, Sam olhou as redondezas para se certificar de que não havia tipos desagradáveis por perto. Um cão latiu, mas tinha ar amigável. A viagem não daria muito trabalho pensou. Além do mais, Rosa Dunn parecia estar acostumada com gente simples. Mas nem tudo estava esclarecido a respeito da tarefa que o esperava.
- Peça que providenciem uma sala privada capitão.
Os estalajadeiros os conduziram a uma mesa. Havia vários pratos no cardápio, e o ambiente exalava um delicioso aroma de comida caseira. Rosa e Jenny sentaram-se; Jô permanecera na carruagem, com a caixa preciosa. Rosa pediu pão e Torta de carne, e quando Sam ia voltar para a sala coletiva, ela o convidou a ficar.
- Sente-se. Gostaria que nos contasse mais ao seu respeito.
- Sinto-me lisonjeado. - Trouxeram-lhe vinho e ele também pediu torta de carne.
- Comida forte me dá dor de estomago. – Disse jenny sorrindo, e pediu pão e legumes, acompanhados de vinho. – Conte-nos sobre si, Capitão.
- Para fazê-las adormecer?
- Estou certa de que isso não acontecerá. – Rosa assegurou.
O calor de Rosa acelerava o coração de Sam, que desejou ter mais a oferecer, do que a modesta aposentadoria militar, pois, se ele tentasse uma aproximação, seria considerado um caça-dotes.
- Tenho uma irmã e um irmão mais velhos. – Sam começou. – Nasci e cresci em south downs, onde meu pai ainda reside. Ele aprecia corridas de cavalos, e apesar de nunca ter tido sorte, continua tentando.
- E sua irmã?
- Angélica desposou um pastor em Londres. Tenho seis sobrinhos espertos e sabidos que adoram fazer travessuras.
- Deve estar no sangue do lado masculino da família. – Rosa continuou sorrindo com doçura.
- Sim! Certa vez colei os chinelos do meu avô no assoalho e ele levou um tombo. – Sam contou e todos riram. – Nunca fez algo do gênero senhorita Dunn?
- Numa ocasião, enchi de areia os sapatos de meu pai. Como castigo tive de varrer toda a tenda por uma semana.
- Justa punição.
- Meu pai tinha paciência, mas possuía um forte senso do certo e do errado.
- Creio que a senhorita é como ele.
- Obrigada. Eu adimirava muito meu pai,e se herdei uma fração de suas qualidades, me dou por satisfeita.
- Não entendo porque Walter passou a vida escavando o deserto. – comentou jenny. – Insistindo em manter a filha consigo.
Quando trouxeram a comida, os três se puseram a comer com muito apetite. Sam gostaria de passar mais tempo a sós com Rosa, mas a jenny era dama de companhia...

X-X-X
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Mensagem por Rosa H. Baltmor 11/12/2010, 16:06

-Suponho que não tenha muitos parentes Srta Dunn- ele comentou.
- Tia jenny, sua irmã nath, e o tio Gha, que leva uma vida reclusa.
- Sempre com um livro na frente do nariz. – Comentou jenny.
- Tio Gha também é facinado pelo Egito, e prefere estudar e cuidar das propriedades.
- Estou certa que passearei sozinha outra vez. – jenny reclamou. – Gha é uma mula teimosa que só aceita as próprias opiniões.
Sam estava se divertindo.
- Seu irmão tem filhos capitão?- indagou jenny.
- Um filho. Deseja ter mais um, para continuar a linhagem.
- E o senhor, que desejos tem? – Perguntou Rosa.- pretende se casar? Talvez haja uma pretendente esperando em algum lugar.
- não não há...
- é de se espantar, um homem tão atraente...- Jenny sorriu.
- Estamos sendo inquisitivas demais. – Rosa interrompeu.- Veja como o capitão ficou vermelho.
Incomodado, Sam desviou o olhar para a janela.
- Creio que vem chuva forte. Melhor partir o quanto antes.
Acertou a despesa com o estalajadeiro, e acompanhou-as à carruagem, onde Jô e Gregory conversavam. Em poucos minutos partiam.
Apesar das nuvens carregadas, Sam sentia-se leve e feliz. Greg apressava os cavalos como se não quisessse deixar a chuva alcançá-los, mas ela logo começou, forte e fria. Pouco depois, Rosa fez um sinal para Sam se aproximar da janela da carruagem.
- Sim?
- Está molhado demais capitão, é melhor parar-mos. De qualquer forma, devemos interromper a viagem antes de escurecer.
- Ainda temos algumas horas senhorita.
Em breve chegaram a Walford, um pitoresco vilarejo, e Sam, ensopado, conduziu-as à hospedaria já reservada.Notou o ar cansado de Rosa Dunn, sentindo carinho e vontade de protegê-la. Mas era desaconselhável nutrir tais sentimentos.
- Capitão, espero que não seja este, o futuro que nos espera.- Ela comentou,e Sam sabia que ela se referia ao clima, mas havia algo no ar.
- Espero que não senhorita.
Entraram na hospedaria, e Sam ajudou Jô com a valise e a caixa com os documentos. Tinha um estranho pressentimento a respeito da camareira. O ambiente era iluminado e aconchegante, Mas Sam tornou a sair para tomar conta de Chevy, seu cavalo. Ao voltar, todos haviam subido para seus quartos.
Sentada na cama, e já de roupas secas, Rosa iniciou o diário referente à viagem. Na parte referente ao capitão, dizia... é polido, atencioso e charmoso. Difícil entender como permanece solteiro. Suas maneiras de cavalheiro me tocam fundo. Tem a honra de um oficial militar, e se não fosse pelo triste acidente, faria grande carreira. Ele toca em meu cerne, e não sei expicar o que sinto. Teve de parar, pois jenny entrou e sentou-se.
- Como vai tia?
- Já passei por momentos piores nos meus passeios pelas montanhas e recuperarei forças com o jantar. Começou o diário de viagem? Decerto, a maior parte versa é sobre o capitão.
- é membro importante do grupo.
- E sente atração por você.
- Ora tia, mal nos conhecemos!
Incomodada, Rosa levantou e colocou o xale. Em seguida, desceram para o calor do andar inferior. De repente, uma comoção na porta da frente. Uma moça e um rapaz irromperam ensopados pela chuva. Sam e o estalajadeiro correram para ajudar. A garota, de cerca de 16 anos, trajava roupas elegantes e luvas de seda.
- Dare! – ela gritou antes de desmaiar.
- Oh temos que reanimá-la antes que pegue uma pneumunia. – preocupou-se Rosa. Jenny providenciou sais, e a jovem voltou a si.
- Que aconteceu? Foram roubados? –indagou Sam.
- Não. A carruagem quebrou e tivemos que caminhar. – Explicou o rapaz. – Acompanho minha irmã, que vai morar com nossa mãe em Yorkshire.
Por alguma razão, Rosa não acreditou na história. O Estalajadeiro agia casualmente como se conhecesse tais situações.
- Sou Dare Devil, essa é Alicia.
- me parecem jovens demais para viajarem sozinhos. – Comentou Sam. – Onde está o cocheiro? Os empregados?
- Viemos buscar ajuda primeiro, pois os nossos empregados são idosos e vagarosos.
O contrário seria o normal, Rosa refletiu observando os dois frágeis e molhados.
- Seus pais permitiram que viajassem sozinhos?
- Meu pai está enfermo e minha mãe nunca viaja.
- Sem um parente para acompanhá-los? –Sam continuou em tom de censura.
- Tarde demais para recriminações. – interferiu Rosa- Estão na estrada e devemos ajudá-los.
O Capitão engoliu em seco, mas consentiu. Rosa tomou a jovem pela mão.
- Precisas vestir roupas secas e jantar. Amanhã recolheremos as suas coisas. – Notou que a jovem choramingava. – Não tenha medo, pela manhã tudo parecerá melhor e seus serviçais serão trazidos pra cá.
- Obrigada, mas creio que este é o meu fim. – Choramingou ainda mais a mocinha.
- Não exagere. – Rosa sorriu e a conduziu escada acima. – Vejamos se um dos meus vestidos lhe serve. – Disse já no quarto. – minha camareira escolherá algo.
Jô aproximou-se de um vestido amarelo, e ajudou a jovem a se vestir.
- Sua avó chamou-os com urgência?- indagou Rosa.
A garota maneou a cabeça sem nada explicar.
- Não receie ser julgada, mas é melhor esclarecer logo a situação. – Rosa continuou suavemente, mas a jovem manteve-se calada. – Já tem uma aparência melhor senhorita Devil.
- Por favor me chame de Alih. Saiba que sou infinitamente grata senhorita...
- Dunn. Mas me chame de Rosa, eu não ligo para formalidades. Fui criada no Egito, a companhia de meu pai.
- Que coragem eu jamais conseguiria viver longe de casa.
- O Egito era nossa casa antes de meu pai falecer.
- Sinto muito.
- Agora vamos descer e jantar.
- Não tenho apetite, meus nervos estão em frangalhos.
- Asseguro-lhe que resolveremos tudo. Meu ajudante, Capitão Sammuel, é muito capaz. E Dare, seu irmão o ajudará.
- Não tenho irmãos. – A jovem comentou acompanhando-as pra fora do quarto.
- O jovem Dare não é seu irmão?
- O que quero dizer é que não tenho irmãos com experiências em tais situações.
Desconfiada, Rosa preferiu calar-se no momento.


- Fim do cap I
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Mensagem por Rosa H. Baltmor 14/12/2010, 21:03

Capitulo II



Quando elas desceram, Sam as esperava.

- Fui procurar a carruagem. – Sam disse, distanciando Rosa dos demais. – Um veiculo elegante com a roda quebrada. Não há empregados nem bagagem, e o rapaz recusa-se a dar explicações. Minha vontade é de não fazer nada, mas eu sei que o jovem não será capaz de resolver a situação. – Ele alterou a voz e, de longe, alicia olhou-o assustada.

- Nós não somos responsáveis por eles, ,mas como entregá-los à própria sorte? – Declarou Rosa.

Ela voltou e conduziu Alicia à sala reservada, onde o jantar esfriava sobre a mesa. Jenny, Sam e Dare Devil as seguiram.

-Eu amo Alicia – Dare exclamou de repente.

- é natural que ame a sua irmã, mas falhou em protegê-la. – Comentou Sam, sarcástico.

- Na verdade – Alicia disse com os olhos úmidos. – Não somos irmãos. Meu nome é Alicia Brandolf, e meu pai matará Dare se voltar-mos! Nós fugimos para nos casar em Gretna Green.

Todos conheciam a fama de Gretna Green, na fronteira com a escócia, um vilarejo utilizado por casais que não podiam se casar na Inglaterra, e se valiam desse artifício para lá contrair o matrimônio válido em todo reino unido. Numa época que as separações não existiam, por lei e por honra, casar-se em Gretna Green era a maneira de burlar as proibições familiares ou legais de toda ordem.

- Nós nos amamos – Afirmou o rapaz exasperado. – Não poderei manter Alicia no nível que ela está habituada, mas nos amamos de verdade. O que há de mais importante que o amor?

- Como há de saber sendo tão jovem? – Replicou Sam – Agiu de forma irresponsável,e eu vou arranjar para que sejam levados de volta.

- Não por favor! – Interferiu Alicia – Meu pai prenderia e mataria Dare, já disse.

- Mas não podem lançar-se ao desconhecido dessa maneira – Rosa tocou o ombro, amigável.

- Não nos abandone Srta Dunn.

- Não somos salvadores! Se seu pai aparecer melhor! – Exclamou Sam imperturbável.

- Não seremos um fardo. – Dare disse. – Alicia está nervosa, mas vai se recompor.

Rosa sugeriu que comessem, e conduziu Sam para fora da sala.

- Não vamos arriscar nossa missão por causa de dois idiotas! – ele começou zangado.

- Não é justo largar-los a própria sorte nessas estradas cheias de vagabundos. O rapaz nem possui uma arma! Deixaram-se levar pela paixão e não consideraram fatos simples como a chuva e a alimentação.

- A senhorita tem um coração generoso – Sam a fitou – O que sugere?

- Levá-los de volta ao pai dela em Surrey.

-Atrasará nossa viagem. Podemos contratar alguém para levá-los.

- Se algo lhes acontecer, me culparei para sempre.

O capitão tocou-lhe o braço. Um toque ao mesmo tempo firme e suave.Parecia querer dizer-lhe algo, porém desistiu.De repente, Rosa sentiu desejar a´proximar-se do corpo dele, mas deteve o impulso. Notou que Sam fazia força para se controlar. Ela deu um passo para trás.

- Vamos voltar antes que notem a nossa ausência. – Ele disse e ela concordou, comas mãos trêmulas.

Alicia ainda chorava, e jenny comia, despreocuada.

- Decidimos levá-los a sua família. – Rosa informou.

- Não por favor! – Alicia implorou. – Eu me atiro de uma ponte na primeira oportunidade.

- Não diga isso meu amor! – Dare se jogou aos seus pés.

- Chega de melodrama! – Sam exclamou, e o rapaz recuou.

- Não pode me obrigar a voltar Srta Dunn. – Alicia voltou, exasperada, e Rosa sentou-se ao seu lado.

- Então conte-me tudo, sem omitir nenhum detalhe.

A jovem assoou o nariz num gesto nada feminino e respirou fundo.

- Fugir e casar era minha única solução. Minha mãe morreu quando eu era criança, e meu pai se entregou à bebida. Fui criada por uma tia que, por ser pobre, decidiu cuidar de mim, vendo nisso a solução para os seus problemas financeiros. Meu pai nunca a recompensou ao longo dos anos. Apesar de ter posses, nunca a retirou das dificuldades, e agora acredita que Dare deseja a fortuna dele.

Rosa pensou na pressão de seu pai para que desposasse Dark. Fitou Dare acuado em uma cadeira num canto. Frágil, não parecia caça dotes, mas alguém capaz de se apaixonar perdidamente por alguém como Alicia. Entretanto sentia algo errado no ar.

- Meu pai me trancará a pão e água!- disse Alicia, de novo, à beira de lágrimas.

- Seguramente exagera. –Sam estava desconfiado – Seu pai não pode ser tão cruel.

- Não é meu é meu pai verdadeiro – informou Alicia. – Eu herdei as posses maternas, e meu padrasto quer tomar-me a herança.

- Não pode fazê-lo, se a senhorita é a herdeira legal. – Sam replicou com suspeição.

- Por isso quer me impedir de casar. – Alicia se atirou ao chão, dramática. – Não me obriguem a voltar, eu imploro!

- Levante-se – Rosa exigiu. – Está descontrolada, necessita de chá quente e cama. Tudo parecerá melhor amanhã.

- Prometa-me Srta Dunn – Alicia ergueu-se.

- Amanhã decidirei.

- E quanto a você pobre apaixonado – Sam fitou dare com sarcasmo. – Qual a sua história?

- Conheci Alicia toda a vida. – O jovem começou, aproximando-se. – Meu pai tinha posses em Surrey, mas perdeu quase tudo e hoje estamos pobres.

- Se estão pobres, como viajavam em uma carruagem tão elegante?

- Emprestada por um amigo, sir Wisley. Meu pai espera que eu construa um futuro melhor, pois possuo amigos de posses.

- Se casar com a Srta Brandolf, terá posse da fortuna dela! Um ótimo partido.

- O senhor me julga como o pai de Alicia! Não sou um caça dotes, eu a amo!

- Eu me atirarei de uma ponte! – Repetiu Alicia.

- Não diga tolices, senhorita Brandolf. – Rosa a repreendeu. – Se insistir em encenar dramas, os deixarei resolver seus problemas. Agora devem subir e dormir. – Virou-se para Alicia e indicou a camareira – Jô cuidará de você.

- Obrigada. – A garota tocou em seu braço. – Conto com sua ajuda Srta.

- Não prometi nada.

- Há algo que não contei. Meu pai bate em mim e me deixa com marcas roxas!

- Hora de dormir! – Rosa repetiu, trocando um olhar sombrio com o capitão. A cada momento os dois jovens mencionavam novos problemas.

Jenny conduziu-os e, ao ver-se à sós com Sam, Rosa ponderou a situação:

- A dificuldade é maior do que imaginei. – Sentou-se a mesa, sem apetite para comer. – Mas eu não posso devolver Alicia a um pai tão cruel.

- Sugere deixa-los seguir e se casar? – Sam arregalou os olhos. – Seria um Escândalo!

- Não creio que a Srta Brandolf e o jovem Devil, transitem por ambientes sociais, e o incidente pode ser abafado. Eles não escolheram o mundo em que vivem, mas possuem coragem para nadar contra a corrente.

- Coragem? São dois desmiolados! – Sam estava zangado, embora confuso.

- Opõe-se a permitir que sigam para Gretna Green? – Indagou Rosa.

- é contra as regras da decência.

- Onde está seu romantismo? – Ela sorriu. – Nunca cometeu uma loucura de juventude?

- Às vezes me comportei de maneira irresponsável, mas nunca fiz algo desse tipo! – Sam também sorriu, contagiado pela ternura que Rosa exalava.

-Não tem tanta idade.

- Aos vinte e oito anos, desenvolvi o senso de moralidade.

- Um jovem cavalheiro a quem não pode se reprovar nada? – Ela perguntou, cada vez mais amiga.

- Eu aprecio o decoro.

- Creio que também aprecias aventura, por isso aceitou essa viagem.

- Partilhamos a mesma natureza senhorita. Apreciamos desafios e mudança de cenário.

- Sim. – A intimidade entre eles se tornava palpável. – Muito tempo no mesmo local nos torna irrequietos e insatisfeitos.

- A senhorita é especial. Admiro mulheres que expandem os próprios horizontes.

- Meu pai simpatizaria com o senhor capitão. – Rosa nunca se sentira tão próxima de alguém. – Creio ter de ajudar os dois jovens. Meu lado aventureiro diz que eles devem seguir e se casar, mas minha razão me diz que ela é jovem demais pra julgar o melhor para si.

- Dare me parece confuso.

- O desespero faz as pessoas agirem de forma estranha. Talvez alicia o tenha forçado a fugir pelo desespero de sair de casa, para escapar do pai despresível. Penso que ela jamaispassou uma temporada aqui em Londres, onde outros rapazes demonstrariam interesse. Assim, ela teria aprendido mais sobre a vida, em vez de se apaixonar perdidamente pelo jovem Devil.

- O amor é incompreensível. – Sam sorriu. – Diga-me, a Senhorita já se apaixonou?

- Não nunca. – Rosa respondeu talvez rápida demais. – E o senhor?

- Deseja saber das marcas que trago no meu coração?

- Seria justo, pois me questionou primeiro.

- São marcas profundas. Pretendia casar-me com a senhorita Samantha Bancroft, mas retornei da guerra não como herói, mas como ferido. O amor dela acabou, e ela não quis me ajudar a recuperar a saúde. Terminou desposando alguém que oferecia mais. Talvez eu fosse apenas uma fantasia, por estar sempre ausente nas campanhas de guerra. Não conseguiu esperar por mim. – Sam sorriu com amargura.

- Expulsou definitivamente o amor do seu coração capitão?

- Não sei. Mas hoje vejo o amor de forma madura e não creio que tornarei a me apaixonar como aqueles dois pombinhos. Bem, já fiz as minhas confissões. E agora é a sua vez senhorita. Sem duvidas teve admiradores no Egito.

- A comunidade inglesa no Egito é pequena e minha vida social era limitada. Conheci rapazes em jantares, mas nenhum tocou-me o coração.

- Com certeza irá casar-se um dia. É uma mulher adorável e inteligente.

- Obrigada, capitão. – Rosa riu.

- Não estou brincando.

- De volta a Londres, encontrei o Sr Dark. Meu pai desejava que nos casássemos, mas eu não me imagino junto daquele homem.

- Depois do que a senhorita lhe disse, duvido que tentará se aproximar.

- Desconfio que ele deseje minha herança para seus planos.

- Eu a protegerei, Srta Dunn. E creio que depois de passar tanto tempo no estrangeiro, será bem vinda nos meios sociais. Ficarão curioso a seu respeito, e com relação às histórias que tens pra contar.

- Obrigada, mas prefiro não me adentrar nos meios sociais. Além do mais teria que aprender tantos comportamentos sem sentido...

- Sabe dançar senhorita? – Perguntou o capitão. – Antigamente eu adorava dançar. Posso ensiná-la a valsar?

- O senhor me surpreende.

Sam tomou-lhe a mão esquerda, e enlaçou-a pela cintura.

- Descance a mão sobre meu ombro e deixe-me conduzi-la.

- Vai cantar também? – Ela sentia o coração palpitar pela proximidade física com

O vigoroso Sam. Como não abandonar-se aquele delicioso contato?

- Minha voz é pior que a de um sapo – Ele sorriu – U:m, dois, três – Começou mostrando os passos. O pé manco não fazia diferença. Em breve, davam voltas pela sala, e Elisa sorria, inebriada. – Sabe ser conduzida, a pesar de preferir liderar.

- Estou feliz em deixar-me levar.

Sam a girou e girou. Rindo, Rosa não sabia se a leve tontura era causada apenas pelos rodopios.

De repente, Sam inclinou a cabeça e a beijou delicadamente na boca. Logo porém, o contato dos lábios foi se aprofundando, crescendo em intimidade a cada segundo. Rosa tentou resistir, mas finalmente cedeu e ambos se entregaram a um beijo úmido, quente, longo e sem limites.

Ao se separarem, ela fitou-lhe os olhos escuros e vislumbrou o neles o desejo ardendo como fogo.

- Não esperava que... – Murmurou, afastando-se com a ponta dos dedos, tocando a própria boca.

- Sinto muito. – Sam reaproximou-se. Rosa se afastou outra vez e ele caiu em si. – Não sei porque fiz isso senhorita Dunn. Eu só queria mostrar-lhe como se valsa nos salões de Londres.

- Deve julgar-me mulher que se entrega com facilidade.

- Claro que não!

- Jamais esperava que fosses beijar-me. Melhor esquecermos o que passou se desejas seguir como meu empregado.

- Naturalmente que o desejo. Mas me comportei mal e tens razões para dispensar meus serviços. Se pensa que...

Com um gesto, Rosa o fez se calar.

- Por favor, não conte a ninguém o que aconteceu – ela pediu sorrindo – afinal um beijo não é um crime.

- Tem razão, mas me preocupo que penses que tiro partido das situações. A senhorita me enfeitiçou! É tão linda e atraente que me fez perder a cabeça.

- A culpa é minha? Também é muito atraente capitão. – Rosa sorria, com os lábios mais convidativos que Sam já vira.

- Se não tomar cuidado, a beijarei outra vez. – Sam disse, mas caminhando em direção à porta.

- nunca o imaginei um conquistador capitão.

- Senhorita, a atmosfera dessa noite e o vinho me fizeram perder a cabeça.

- Qualquer que sea o motivo, espero que saiba se controlar. Esqueceremos esse incidente, mas será a primeira e ultima vez.

- Não ocorrerá de novo.

Rosa deixou-o o ambiente reservado, e subiu para os seus aposentos.

Afinal de contas, Sam talvez não fosse confiável, e podia tentar aproximar-se outra vez. Será que tudo que ele tinah a oferecer eram os lábios úmidos e quentes, e um físico atraente? Mas talvez fosse ela quem tivesse algo mais a oferecer...
Rosa H. Baltmor
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