Aldabaerk-O Diário de Matthew Lewis

Entre várias histórias da minha infância, todas frustrantes não colocarei nenhuma. Era uma criança sem graça e presa. Meus pais eram protestantes e não permitiam eu fazer quase nada, como consequência comecei a tomar ódio do deus cristão e aprofundei-me na história antiga, repleta de magia em culturas pré-cristãs. Apesar de não gostar de seu deus, apoio o cristianismo na visão de demônios e anjos. Quando crianças eu via espíritos, mas, por isso, fui mandado a uma série de consultas psicológicas. Depois de um tempo rejeitando, não consegui mais vê-los. Entre eles, o meu tipo preferido eram fadas, gnomos e outras criaturas pequenas. Quando já estava nos meus 14 anos, sempre esforçado na escola, passei por uma experiência reveladora onde, por diversão, fui jogar a famosa tábua ouija. Eu, juntamente com 5 amigos, senti muito medo ao ver a eficiência da experiência. E ao ver meu nome na citação do espírito, pasmei-me. O espírito dizia que eu podia me tornar um grande caçador ou até um ótimo feiticeiro. Depois daquela experiência, nunca fui mais o mesmo. Me tornei frio e detalhista e não gostava de pessoas com mente fechada. Ao passar do tempo, comecei a reparar em crianças. Aquela criatura pequena tinha um poder mental muito maior que adultos, e por isso comecei admirá-los. Além do fator da pureza de seus corações. Este grupo de amigos me ensinaram a fumar e depois disso viciei. Estudei muitas línguas e me tornei o melhor aluno da faculdade. Assim que terminei meu terceiro ano, fugi de casa, e comigo levei todos meus livros. Fugi pra longe, para uma cidade pacífica e em sua maioria pagã. Lá eu vivi os melhores momentos da minha vida. Certo dia chegou um cara estranho em minha cidade e botou fogo em todas as casas. Não tive tempo de pegar nada. Saí só com minha roupa do corpo. Saí desde então andando por todos os lugares e comecei a trabalhar numa loja de conveniência em um posto de gasolina.Só depois de muito tempo consegui ir a cidade grande e arrumei um apartamento com minhas economias. Hoje ainda estou aqui, mas meu dinheiro está acabando e preciso arrumar um emprego urgente. Ontem minha gata, Salém, bebeu o resto do meu milkshake e por isso briguei muito com ela. Hoje estudei um pouco mais sobre o alfabeto theban e por isso meu livro tem sua capa nesta escrita.
11/07/2012

Ontem, comecei a escrever este simples diário. Hoje contarei o que aconteceu durante o dia. Acordei cedo e comecei a arrumar meu apartamento, que a propósito estava uma bagunça. Arrumei tudo para receber uma pessoa especial: Park Jonah. Ele é um velho conhecido, com o qual eu tenho muita proximidade,meu namorado. Sei que é estranho isso, até que eu gostava de mulheres antes, mas quando ele apareceu, foi tudo confuso. Estamos namorando a três meses e hoje combinamos dele vir me visitar. Ele vem aqui toda semana e sempre nos divertimos, a família dele é rica e mora numa imensa mansão. Ele tem 25 e ainda mora com os pais, vive prometendo que virá morar comigo e espero esse momento ansiosamente. Já tentou me oferecer dinheiro mas não aceito. Ele chegou ás 3 da tarde e veio dormir aqui. Assistimos uns filmes, compramos comida e brincamos com a gata. Ele tem uma mente tão limpa e é tão gentil que não consigo ficar sem ele. Aqui em minha casa, em Lawrence, é muito barulhenta pois tenho três vizinhos que não me deixam dormir. Tem a bela moça do 65, que vive trazendo homens pra cá(acho que é garota de programa). Tem a senhora ranzinza do 67, que grita o dia todo com seu filho de criação. E tem o rapaz do 64, mora do lado da bela moça, formariam um belo casal. Me restou morar do lado desta inútil mulher, que não consegue falar baixo nem se lhe der dinheiro. Quando o Park chegou a linda mulher estava passando e cantou ele, não gostei nada disso. Apesar dela ser burra, gosto dela, tem um jeito especial de tratar as pessoas. Quando deu umas 7 horas, a rua estava agitadíssima e então o barulho dos carros sobrepunham a voz imponente da velha. Minha felicidade era enorme e quando deu 7 e 26 o Park entra no meu quarto(ele estava assistindo tv e eu lendo), e me olha com um olhar sedutor. Então chamei ele pra deitar do meu lado. Ele estava falando da família dele, como se a vida fosse difícil, mas fiquei calado. Logo quando a conversa estava ficando chata eu o direcionei a mim e o beijei. Fizemos amor e depois ele dormiu, chance perfeita para vir cá e contar a história.
12/07/2012

Park saiu cedo daqui e acordei também para despedir. Ele abriu a mochila e eu fiquei surpreso com o presente que ele me deu: uma estátua de 40 centímetros da Hécate edição limitada contendo as suas três faces. Eu fiquei maravilhado e passei o dia todo feliz. Coloquei-a junto com minhas outas exatas 10 estátuas. Zeus, Apolo, Athena, Artêmis, Hades, Cernnunos, Calipso, Afrodite, Deméter e Perséfone. Eu pretendo completar minha coleção olímpiana pelo menos e acrescentar alguns da mitologia celta, quero também estátuas de demônios e anjos já que agora eu iria me aprofundar do assunto. Por volta de 3 horas da tarde eu fui comprar uma identidade falsa, coisa que eu precisaria para adentrar mais profundamente em meus estudos. Cheguei num lugar escuro e escondido e encontrei com um cara que estava fazendo um belo serviço, vi ele fazendo um cartão de crédito para um freguês. Quando ele terminou seu trabalho o cliente saiu satisfeito, então ele me chamou. Eu andando com a cabeça erguida como é de costume e ascendi um cigarro, coisa que Park não gosta nem um pouco. Apenas falei para ele: Quero uma identidade de investigador no nome de Paul Mckint, este foi o melhor nome que consegui pensar na hora, o moço nem olha na minha cara e então começa a fazer o documento. Ele me pede minha foto e lhe dou, em poucos instantes ela fica pronta. Visivelmente ele já tinha a prática no ramo. Paguei e saí dali rapidamente sem trocar nem mais uma palavra com ele. Odeio este tipo de pessoa que se acha melhor que os outros, fico calado pois sou superior. Fui ao museu, ver novamente toda gama de mostruários, como eu queria levar tudo para casa. Tenho a chave do museu, pois frequentemente cuido de lá para receber uns trocados. Na entrada principal vejo uma mulher com uma expressão forte saindo e ela me diz: Veio comprar alguma coisa bebê. Que mulher feia! Nem respondi, segui reto como se nem a tivesse notado. Entrei no museu e vi o zelador fazendo um comércio estranho. Eram armas, algumas muitos belas e com certeza veio a calhar. Prometi não contar o segredo dele e então comprei uma faca de prata, meu metal favorito. Dei uma olhada no museu e logo fui embora. Já eram quase 6 horas e o pôr do sol estava lindo, fiquei olhando durante uns 10 minutos. Já que estava entrando no ramo sobrenatural resolvi comprar algumas coisinhas na loja Hickmanns. O dono estava viajando, mas uma bela e simpática menina estava no seu lugar. "Olá, o que faz aqui na minha loja?"... Que bela voz ela tinha, resolvi tratar com a mesma gentileza: "Venho comprar algumas coisinhas que necessito". Ela me deu um sorriso e eu retribui. "Do que o senhor precisa?". "Não por favor não me chame de senhor,meu nome é Mathhew", "ok Matthew, o que vc quer?". Enquanto ela coloca as coisas em uma mochila eu ia falando: "Pá,lanterna, spray, caixa de fósforos, 1 litro de álcool, 1 Kg de sal e um pote de creme". Vejo que ela não fica surpresa com os meus pedidos e pergunto: "Você já está acostumada a vender este tipo de coisa?". E ela responde: Vendo coisas deste tipo todos os dias. Me despedi da moça com um sorriso e certamente eu voltaria lá depois. Ela tinha um sorriso tão simpático que fui andando devagar para casa. Ao chegar em casa coloco todas as coisas em cima do sofá e comecei a pensar no que eu faria com tudo aquilo. Sabia, certamente, que uma aventura estava chegando. Liguei para Park e ficamos bastante tempo conversando, ele foi dormir e eu comecei a escrever.
13/07/2012

Os últimos tem sido comuns, mas hoje resolvi retomar meus estudos. Na verdade isto seria um início... Faz muito tempo que não entro em uma biblioteca. Eu coloquei a comida para Salém, dei uma disfarçada na bagunça e abri minha porta. Cenas frequentes se repetiram: um homem entrando na sala da mulher, a velha gritando com a porta aberta. Contudo havia algo diferente, no quarto 68 no final do corredor, um quarto que não possuía pessoas a muito tempo, estava ocupado e aparentemente era uma boa pessoa. Pensei isso por causa do tapete de saudação cheio de flores. Vejo então uma moça com roupas juvenis subindo as escadas com uma mala rosa choque enorme: típica patricinha. Resolvi ignorar aquele fato então passo direto por ela, ela me cumprimenta mas eu fico calado. Exalava um cheiro extremamente doce como se tivesse tomado um banho de açúcar. Desci pelas escadas e fui direto para a biblioteca onde estudei sobre fadas e banshees. Seres interessantíssimos que eu gostaria muito de ver. Já eram quase 6 horas quando saí da biblioteca. O sol novamente se pondo e um silêncio de matar. Virando umas duas ou três ruas ouço sirenes chegando na esquina. Uma mulher chorando e chorando e dizendo estava vindo da floresta. Era meu caminho então dei uma olhada, a mulher dizia que sua irmã havia morrido, estava com ela e mais dois amigos acampando. Não sabia onde estavam os amigos e sei lá mais o que. Fui para meu apartamento com aquilo na cabeça, chance perfeita para me iniciar na área sobrenatural. Resolvi que iria lá no outro dia com minha identidade falsa para ver o que podia fazer. Pensando em várias possibilidades fui dormir tarde e não deixei Park dormir também. Tomei alguns arranhões por dar um banho em Salém às quatro horas da manhã, hora tal que o apartamento da moça estava mais badalado.
14/07/2012